O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que há muita gente “tratando a igreja um palanque político ou uma empresa para ganhar dinheiro”. A fala foi concedida, neste sábado (20), durante comício que lança, oficialmente, a campanha de Lula e Geraldo Alckmin (PSB).
No vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo, o ex-presidente, que é o principal rival de Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas eleitorais, apontou problemas.
“Tem muita fake news religiosa correndo por esse mundo. Tem demônio sendo chamado de Deus e tem gente honesta sendo chamada de demônio. Tem gente que não está tratando a igreja para buscar a fé ou a religiosidade, mas está fazendo da igreja um palanque político ou uma empresa para ganhar dinheiro”,
disse o petista.
Em sua fala, Lula ainda pontuou que defende o Estado laico, como previsto na Constituição Federal.
“Eu, Luiz Inácio Lula da Silva, defendo o estado laico. O estado não tem que ter religião. Todas as religiões têm que ser defendidas pelo estado, mas também quero dizer que as igrejas não têm que ter partido político porque elas têm que cuidar da fé e da espiritualidade das pessoas e não cuidar das candidaturas de certos profetas ou de fariseus que estão enganando”, observou.
Pesquisas
Segundo pesquisa mais recente do Instituto Datafolha, que ouviu eleitores entre terça (16/8) e quinta-feira (18/8), o chefe do Executivo tem 49% das intenções de voto no segmento religioso, contra 32% do petista. É a maior diferença entre os dois candidatos, com base nesse recorte e levando em consideração as últimas pesquisas. Em maio, eram 3 pontos; em junho, 5 pontos; e em julho, 10 pontos.
Das 5.744 pessoas ouvidas em 281 cidades brasileiras, 25% se declararam evangélicas. Entre os católicos, o ex-presidente Lula lidera com 52% das intenções de voto, ante 27% de Bolsonaro, na disputa de primeiro turno.
Fonte: Metrópoles
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