A difusão das atividades que envolvem a bioeconomia e a biotecnologia amazônica possibilitam que a sociedade passe a reconhecer, com maior propriedade, os reais benefícios desta atividade econômica, que, por todo o mundo, ano a ano, ganha em relevância e protagonismo. A divulgação destas informações ganhou reforço, em novembro, com a realização de uma press trip à Zona Franca de Manaus, que reuniu profissionais da imprensa das regiões Sudeste e Centro-Oeste do País.
A agenda, promovida pelo Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), possibilitou que os jornalistas de veículos como Brasil Econômico, do portal iG, Coluna Bússola, do portal Exame.com, Folha de S.Paulo, R7, Revista Problemas Brasileiros e Valor Econômico visitassem o Polo Industrial de Manaus (PIM). Na oportunidade, os formadores de opinião ampliaram o conhecimento acerca do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) e viram como a bioeconomia fortalecida pode contribuir para o desenvolvimento regional, atuando como um vetor econômico complementar de forte apelo sustentável.
Durante a visita ao CBA, os jornalistas acompanharam uma apresentação do gestor do Centro, Fábio Calderaro, que falou sobre as atividades desenvolvidas nos mais de 12 mil metros quadrados de área construída da instituição, entre juntas laboratoriais, área administrativa, núcleo de produção de extratos, planta piloto industrial, alojamentos para pesquisadores visitantes e área destinada à incubação de empresas.
Desenvolvendo a bioeconomia
Temas relacionados à bioeconomia, como os desafios, oportunidades, avanços e processos em desenvolvimento e já entregues à sociedade foram alguns dos pontos levantados por Calderaro, que destacou que “é necessário que haja os estímulos econômicos para que consigamos fazer da bioeconomia amazônica um vetor econômico plenamente desenvolvido e capaz de absorver as demandas da sociedade e da indústria mundial”. O gestor do CBA reforçou que o desenvolvimento de um polo de bioindústrias é essencial para os avanços necessários à bioeconomia e, para tanto, medidas que incentivem o implemento de um polo industrial neste sentido se fazem necessárias, como a Resolução 02 do Conselho de Administração da Suframa (CAS), de 2021.
Para Lúcio Flávio, presidente-executivo do Cieam que acompanhou a vista, é preciso apresentar ao mundo o potencial de desenvolvimento de bioeconomia da região. “A Amazônia deve ser tratada como solução para o desenvolvimento econômico brasileiro. Somos privilegiados com a oportunidade de podermos nos transformar em protagonistas da nova “era verde”, certamente com a exploração sustentável da sua biodiversidade, de seu potencial ambiental e ampliação da indústria já instalada em Manaus, incrementando-a com bases científicas e tecnológicas brasileiras”, reforçou o executivo.
Atividades em destaque
Em visita às juntas laboratoriais, os jornalistas presenciaram avanços nas áreas de biotecnologia vegetal e bioprocessos, como os trabalhos que envolvem as fibras naturais da região – e seus potenciais comerciais e ambientais – e as atividades que utilizam insumos locais – e mesmo resíduos fabris – para obtenção de bioplásticos, celulose e membranas bacterianas que podem, inclusive, ser transformadas em bebidas probióticas, como o kombucha.