Nesta quinta-feira (06/10) é celebrado o Dia Mundial da Paralisia Cerebral (PC), a data conscientiza a sociedade sobre os direitos das pessoas com PC, entre eles o acesso à educação. A Escola Estadual de Educação Especial Diofanto Vieira Monteiro, no centro de Manaus, atende estudantes com deficiências intelectuais e múltiplas, entre eles estão 17 alunos com paralisia cerebral.
Diferente das escolas regulares, a estrutura pedagógica é sempre distribuída e adaptada de acordo com as disciplinas e as necessidades de cada estudante. A paralisia cerebral afeta, na maioria dos casos, o físico, a coordenação motora e a fala. Com base nessas necessidades são realizadas atividades manuais que possam auxiliar no progresso dos estudantes.
Os professores buscam avançar no processo de desenvolvimento dos estudantes, buscando sua autonomia, como explica a pedagoga de informática da escola Diofanto Vieira, Catarina Silva.
“Alguns alunos têm maior mobilidade do que outros, então nossas atividades são adaptadas para que cada um se desenvolva da melhor forma. Além disso, temos OS computadores que auxiliam na alfabetização dos nossos estudantes.”, pontua.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a paralisia cerebral é uma deficiência física. Em todo o Amazonas a Secretaria de Educação atende 495 estudantes com deficiência física – dentre elas, a paralisia cerebral -, sendo 252 na capital e 243 no interior.
Metodologia diferenciada
A unidade escolar trabalha com uma abordagem afetiva e familiar, para que os estudantes se sintam acolhidos. A metodologia utilizada abrange do concreto ao lúdico, com oficinas que integram atividades manuais que auxiliam no processo de alfabetização e demais disciplinas como Teatro, Estudos da Natureza, Língua Portuguesa, Matemática, Geografia e História.
As oficinas incentivam os estudantes a fazerem pulseiras, vassouras, trabalhos de pintura, dentre outros. Essas atividades trabalham especificamente na dificuldade de cada estudante, seja ela motora, na fala ou física.
A estudante Talía Menezes, de 21 anos, tem paralisia cerebral. Ela estuda na unidade há quatro anos e diz que a escola proporcionou o aprendizado do uso do computador, com o qual ela sempre quis ter familiaridade.
“Antigamente eu não sabia mexer no computador, hoje em dia eu já sei como funciona. É difícil conviver com paralisia cerebral, mas a gente tenta e tem que tentar, lutamos para ter o mesmo direito das pessoas sem deficiência.”, enfatiza.
Foto: Euzivaldo Queiroz/Seduc