O presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), por meio do Ministério da Educação (MEC) e do decreto 11.216/22 publicado às vésperas das eleições, no dia 30 de setembro, bloqueou R$475 milhões de colégios e universidades federais do país. A primeira mobilização aconteceu nesta sexta-feira (7), em frente a Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Com palavras de ordem, os estudantes se posicionaram contra o corte no orçamento.
A mobilização também acontece na Praça da Saudade, no final da tarde desta sexta-feira (7), no centro de Manaus, e conta com a participação de associações estudantis, professores e estudantes universitários da cidade.
Na segunda-feira (10/10), o dia de manifestações será intenso, as atividades iniciam às 06h em frente ao Instituto Federal do Amazonas (Ifam), e seguirão durante a manhã e a noite, nos horários de 7h30, 17h e 19h. Essa programação segue ainda, na terça-feira (11/10), Instituto Federal do Amazonas (Ifam) campus do Distrito Industrial. Já na quinta-feira (13/10), os estudantes se reúnem no campus Manaus Zona Leste.
O “Cronograma de atividades de resistência contra o confisco na educação”, como é intitulado, prepara panfletagem em frente ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e nos terminais de ônibus da capital.
O alinhamento para as ações de resistência aconteceram na noite de quinta-feira (6), através de uma reunião aberta via on-line, onde foi possível definir uma série de estratégias e de chamamento público para a realização do ato nacional em Defesa da Educação que irá acontecer no dia 18 de outubro.
No dia da mobilização, contará com a participação da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Diretório Central dos Estudantes da UEA, Associação de Pós-graduandos da Ufam (APG-Ufam) e da União Estadual dos Estudantes do Amazonas (UEE).
Por parte da Ufam, as ações de oficina de cartazes e o ato na Praça da Saudade contam com a organização da Juventude Manifesta Amazonas, União da Juventude Comunista (UJC), Movimento de Estudantes Indígenas do Amazonas (MEIAM) e os centro acadêmicos da instituição: CACHA, CAJA, CAGEO, CAPSICO, CABIO, CALLI, CABIOTEC, CAARQ.
De acordo com uma das mobilizadoras, Sued Felix, 22, graduanda em História pela Ufam, diversas vezes o campus esteve em risco de não possuir verbas suficientes para seu funcionamento, os docentes e discentes vivenciam todos os dias os resultados do sucateamento.
“Hoje, estamos novamente nos organizando para tomar as ruas e reivindicar nosso direito à Educação contra todo projeto de sucateamento e privatização da universidade. Nessa conjuntura da política neoliberal que tenta barganhar os direitos do povo brasileiro para prevalecer o “passar a boiada” e interesses de grandes empresas, a Educação não é atacada por coincidência ou uma mera consequência da crise econômica e política, mas porque as universidades e a educação são vias muito perigosas para o mantimento de (des)governos com projetos anti-povo como o de Bolsonaro”.
Mobilizações – A página da UEE-AM, divulgou um cronograma de atividades de resistência contra o confisco da educação.
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