Com cinco dias para as eleições 2022, população foca em avaliar candidatos

Cenário político preocupa eleitores nas eleições de 2022
Com cinco dias para as eleições 2022, população foca em avaliar candidatos

Transparência, representatividade e responsabilidade, estes são os principais conceitos avaliados pelos eleitores, para a escolha do pleito de 2022. Além disso, a população hoje se cerca de informações divulgadas pelos próprios candidatos e buscam a partir de suas agendas conhecer as propostas para a cidade e para o país.  A cinco dias das eleições gerais, os brasileiros analisam um candidato para a presidência, senador (a), governador (a), deputado (a) estadual e federal. Já no Amazonas, 600 candidatos concorrem aos cargos eleitorais.

Entre tantas opções para avaliar, a pesquisa PoderData, realizada de julho a agosto, mostrou que 4 em 5 eleitores brasileiros dizem não ter certeza do voto para presidente. Além das pesquisas que são apresentadas toda semana, do instituto IPEC, divulgada no dia 19 de setembro, aponta que no Amazonas, o candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT), está com 43% de intenções de votos e o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), está com 36%, seguidos dos candidatos Ciro (PDT) 6% e Tebet (MDB) com 5%.

No estado há 2.647.748 pessoas aptas para votar, já na reta final de campanha política, a população deve escolher os cinco candidatos que vão os representar ativamente na política, trazendo melhorias e soluções para os problemas da capital e dos interiores do Amazonas, assim como escolher o candidato que irá ser a maior figura política pública do país pelos próximos quatro anos. 

Diante disso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), entre tantos programas para ajudar os eleitores na hora de escolher o seu candidato, também divulgou uma lista com plataformas para auxiliar na hora da decisão, tais como o próprio site do TSE, o site do Planalto, Senado Federal, Câmara dos Deputados, ONG Transparência Brasil, Projeto Às Claras, a plataforma do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), o Instituto Ágora, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, além da plataforma onde apresenta todos os dados, propostas e número dos candidatos, o DivulgaCand.

Transparência política – Com as campanhas eleitorais nas redes sociais, meios de comunicações ou cotidianamente nas ruas, a acadêmica de física da Universidade do Estado do Amazonas (UFAM), Raynner Valentim, 24, avalia o cenário eleitoral como competitivo e que mostram intenções particulares e não populares, como deveria ser, além de não se sentir representada no momento.

“O cenário político atual é bem polarizado, a meu ver isso é ótimo para politicagem/jogos políticos sem interesse social para o desenvolvimento de boas e voluntárias “políticas públicas”. Ideologias, culturas e como já disse, muita polarização é fruto de modelos políticos atuais. A corrupção, por exemplo, é inevitável e está por toda parte… dito isso, a política não me representa”, afirmou Valentim.

Em um período que os planos de governos são apresentados, de acordo com a lei de 9.504/97, além de avaliar as propostas com foco nas necessidades mais urgentes, como saneamento, saúde e economia, a estudante de física, também acredita que a forma como os candidatos conduzem as campanhas e propõem políticas públicas devem ser feitas de forma transparente.

“A ideia básica é transformar tudo que foi prometido em campanha em uma obrigação de cargo… caso o não cumprimento, deve ser justificado com um prazo curto pondo à risca o cargo do político. Mas é claro que… isso seria de cara bem utópico, mas me refiro a coisas básicas como havia citado mais acima como. Saúde, Transporte, Saneamento, Segurança etc”, argumentou.. 

Representatividade – A democracia tem um papel essencial nos interesses gerais da sociedade. O gesto de escolher os candidatos e votar é um movimento político muito representativo ao se viver num mundo capitalista. 

Estudando em Manaus durante a semana e voltando para a sua casa todo o final de semana, a qual se localiza no município de Manaquiri (há 54 km de distância de Manaus), Luciele do Vale, 25, acredita que a representatividade política é fruto de um histórico de luta da população sobre as urgências vivenciadas no dia a dia.

“Ela é exatamente o que lutamos, reflexo da nossa luta a séculos atrás, pois nós mulheres não tínhamos direito em votar e se hoje podemos fazer isso é sinal de que estamos sendo representadas, ou estamos nesta corrida”, destacou  Luciele

Porém, apesar de em parte se sentir representada, Luciele também avalia esse momento político, em muitos casos como exagerado e até com falta de respeito com os eleitores e outros candidatos, por isso a universitária acredita que mudanças poderiam ser feitas durante esse processo. “A falta de respeito pela pátria, muitos candidatos não têm, pois só querem ganhar para estar no “bem bom”, sem preocupação com o povo e com o bem estar social”, explicou. 

Primeiro Voto –  De acordo com a pesquisa do DataSenado, as redes sociais influenciam voto de 45% da população. E é através de uma plataforma on-line que a estudante Bianca Barbosa, de 16 anos, está avaliando os seus candidatos na sua primeira experiência de votação. Com uma expectativa baixa para exercer pela primeira vez a sua obrigação cidadã, Bianca confessa que a pressão política por causa das diferenças partidárias atrapalha um pouco em sua escolha.

“Um festival de desrespeito político, pois  existem pessoas que não querem falar com quem é do lado diferente ou  fala da sua “opinião” de uma forma que desrespeita a opinião dos outros e isso me confunde muito, porque eu não sei se falo a minha opinião ou não”, concluiu a estudante.

Texto: Thayssa Castro.

Colaboração: Larissa Silva, Andressa Alegria e Gabriela Lopes.

Edição: Karine Pantoja.

Revisão: Edney Alexander.

Veja Mais

Artigos Relacionados:

Olá, visitante