Os constantes assaltos as linhas de ônibus que atendem os universitários da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) levaram a reitoria da instituição a pedir a Polícia Militar do Estado (PMAM) que monte um posto permanente no campus universitário, situado no bairro Coroado, Zona Leste de Manaus.
Na última semana, por exemplo, um assalto a mão armada em um dos coletivos, levou um estudante a se jogar do ônibus, ocasionando vários ferimentos. Em nota, a UFAM informou, na tarde desta terça-feira (29), que aguarda um posicionamento oficial da PMAM.
“No dia 16 de novembro, encaminhamos ofício de número 594 ao comandante da Polícia Militar, no qual demandamos a instalação de um posto policial na entrada do campus. As justificativas para o pedido são a crescente insegurança e o aumento do número de assaltos que ocorrem não somente nos arredores, como também no interior deste campus, prejudicando, assim, as atividades da comunidade acadêmica, dos docentes e dos técnico-administrativos desta Universidade. Como instituição, estamos no aguardo de resposta oficial”,diz o documento, na íntegra.
O reitor da instituição, professor Sílvio Puga, também tem esclarecido que os assaltos não são propriamente na UFAM, mas direcionados aos coletivos. “Não existe assalto na Ufam, existe assalto em ônibus”, afirma o reitor.
Medo
O assunto movimenta a comunidade acadêmica, que se diz amedrontada, sobretudo no período noturno, com a constante onda de assaltos.
“A gente vai estudar sem saber se volta para casa. Minha mãe já me pergunta se vale a pena eu continuar estudando lá. Sempre digo que ‘ralei’ para entrar. Agora, vou até o fim. Mas que dá medo, dá”,disse uma estudante de 24 anos, que preferiu não se identificar.
Mário Souza*, estuda Direito na UFAM e comenta que, até mesmo de dia, o perigo é constante. “Quem vai controlar quem entra num ônibus desses? Isso aqui é um Campus enorme e já era para ter posto permanente aqui dentro há muito tempo. Até quando venho de dia aqui, a gente fica sempre atentos. Espero que a polícia atenda o pedido da reitoria”, comenta.
Por Carlos Araújo
Foto: Eraldo Lopes