Anne Moura, Marilene Corrêa e outros sete amazonenses integram transição de Lula

No total, o Amazonas contará com nove pessoas escaladas nos Grupos Técnicos (GT), seis delas foram anunciadas ontem (16)

A composição da equipe de transição do governo Lula (PT) foi concluída nesta quarta-feira (16) após o anúncio dos últimos nomes pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB). No total, o Amazonas contará com nove pessoas escaladas nos Grupos Técnicos (GT), sendo seis delas anunciadas hoje.

Dos 32 grupos técnicos que auxiliarão a transição do novo governo com informações e levantamentos sobre a situação em cada pasta, sete deles contarão com a participação de nomes amazonenses. Os GTs com figuras amazonenses são: Meio Ambiente; Justiça e Segurança Pública; Indústria, Comércio e Serviço; Povos Originários, Turismo; Juventude e Mulher.

Na manhã desta quarta-feira (16), o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin anunciou as últimas convocações para fechar equipe de transição, entre as quais, quatro amazonenses foram escalados.

No dia 9 de novembro, o senador Omar Aziz (PSD) confirmou que vai integrar a equipe de transição, juntamente com o deputado federal Marcelo Ramos (PSD). Já no dia 14 de novembro, a presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Beatriz Brelaz, foi indicada.

Novos indicados

Uma das amazonenses anunciadas hoje para compor a equipe de transição é a ex-reitora da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Marilene Corrêa. Ela também é pesquisadora da Universidade Federal do Amazonas.

Outro nome convocado para integrar a transição é o segundo suplente da chapa do senador Omar Aziz (PSD), João Pedro Gonçalves, que fará parte do grupo dos Povos Originários.

O ex-deputado e senador afirmou ao Em Tempo que recebeu o convite com alegria, mas também compreende os desafios postos. Também disse que possui familiaridade com a pauta, visto os anos de militância e experiência como presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai).  

“Sei do desafio de participar de uma comissão que vai criar um ministério novo. O estado brasileiro nunca teve o ministério dos povos originários. Então, vamos traçar esse início das políticas públicas, e destacar que o ministério não tem nem orçamento. O início vai ser um desafio grande para o ministro ou ministra, mas nós não podemos esmorecer frente aos desafios”,afirmou.

O integrante do GT dos Povos originários destacou que o Amazonas concentra o maior número de indígenas do Brasil, sendo importante reconhecer os povos originários e suas tradições.

Para ele, o presidente eleito Lula firmou um compromisso com essas populações. Também enfatizou que o novo ministério dos Povos Originários precisa construir políticas públicas que fortaleçam os direitos das populações indígenas, sendo um deles o direito à terra, e a defesa da tradição e cultura.

“Eu vou trabalhar e dar tudo de mim. Com toda a minha experiência e conhecimento para que nós possamos construir, e dar esses primeiros passos no início do governo do presidente Lula em consolidar o ministério e consolidar políticas que possam fazer e respeitar os povos indígenas do Brasil”,ressaltou.

Além de João Gonçalves, o diretor e presidente da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro, Marivelton Baré, também fará parte do grupo técnico dos Povos Originários. Nas redes sociais, o indígena do povo Baré disse que, juntamente com outras lideranças indígenas e demais integrantes, vão “reconstruir coletivamente o país”.

A Secretária Nacional de Mulheres do PT, e candidata a vice-governadora do Amazonas, Anne Moura (PT), recebeu um convite da Coordenação de Transição administrada por Geraldo Alckmin, Gleisi Hoffmann (PT) e Aloísio Mercadante. Ela integrará o grupo técnico de Mulheres de forma remota.

“Participei de todo o processo de construção do Governo Lula e estou nesta tarefa desde o início, mas por conta do resguardo ainda não pude estar em Brasília. Mesmo assim o convite me foi reforçado, para que esteja nessa equipe ainda que de forma remota”,disse.

A única mulher a ocupar o grupo técnico de Indústria, Comércio, Serviços é a amazonense Tatiane Valente. Ela é presidente da União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária do Amazonas (Unicafes-AM).

No time de Turismo, o candidato derrotado a deputado federal pelo Amazonas, Orsine Junior (PSD), foi escalado para compor o grupo técnico. Orsine possui experiência na área, e já foi presidente da Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur).

Segurança Pública, Indústria e Juventude

Na semana passada, o senador Omar Aziz (PSD) confirmou que aceitou participar da equipe de transição do presidente eleito Lula no Grupo Técnico de Segurança Pública, área em que o líder da bancada do Amazonas declarou dominar, visto que foi eleito presidente da Comissão de Segurança Pública.

O senador também confirmou, em nota à imprensa, a participação do deputado federal Marcelo Ramos (PSD) no grupo técnico de Indústria, Comércio e Serviços, o qual trabalha com a Zona Franca de Manaus.

Já nesta segunda-feira (14), a estudante, ativista do movimento estudantil e presidente da UNE, Beatriz Brelaz, foi anunciada para integrar o grupo técnico Juventude.

Representações do Amazonas

Para o deputado federal Zé Ricardo (PT), é importante a indicação de nomes na equipe de transição que representam o Amazonas, e destacou como “acertadas” as pessoas anunciadas. Também afirmou que vai encaminhar sugestões e ideias aos integrantes da equipe de transição.

“Eu estou recebendo também muitas propostas de vários segmentos, e a gente vai estar encaminhando com essas representações. Mas, é muito importante, porque vão levar esse olhar da necessidade do Amazonas para poder fomentar a política pública que já é prevista no plano de governo do Lula. Mas, da nossa parte vamos contribuir. Essas representações são significativas e vão ajudar, com certeza, o Amazonas”,destacou.

Já para o deputado estadual Sinésio Campos (PT), é significativo a indicação de amazonenses na equipe de transição, pois são nomes que conhecem a realidade e as dificuldades do Amazonas. Também destacou que o novo governo aberto ao diálogo.

“São pessoas que não representam apenas os seus partidos políticos. Mas, sobretudo, os interesses do povo amazonense, como a Zona Franca de Manaus, uma política de geração de emprego e renda, e uma União mais próxima do povo amazônida”,salientou.

Por Gabriela Brasil

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