Nos dias 17 e 18 de junho, agricultores e agricultoras da zona rural de Manaus estão promovendo a Festa da Colheita, um evento que celebra a fertilidade da terra e as boas colheitas. A festividade contará com uma variedade de pratos deliciosos e novidades culinárias diretamente das terras amazônicas, além de oportunidades para conhecer as áreas agrícolas do Corredor Ecológico da APA Reserva Adolpho Ducke de Manaus.
A origem das festas juninas está intrinsecamente ligada à celebração da fertilidade da terra e às colheitas abundantes. E, neste ano, os agricultores e agricultoras da zona rural de Manaus estão convidando a população para se deliciar com as iguarias culinárias e descobrir as novidades gastronômicas provenientes das ricas terras amazônicas. A Festa da Colheita vai proporcionar aos participantes uma experiência única, promovendo o contato direto com a produção agroecológica local e a beleza das áreas agrícolas do Corredor Ecológico da APA Reserva Adolpho Ducke de Manaus.
Desde 2009, os agricultores e agricultoras têm se dedicado ao trabalho com sistemas agroflorestais e técnicas agroecológicas, contando com o apoio do Centro de Treinamento Agroflorestal do Museu Amazônico (CTA – MUSA). Com o objetivo de contribuir para uma agricultura que respeite o ambiente natural da floresta, surgiu em 2020 o coletivo Arte & Escola na Floresta. Nesse projeto, chefs de cozinha, professores, nutricionistas e agricultores unem esforços para criar novas receitas utilizando os produtos originários da Amazônia. Paralelamente, o grupo Ajuri Agroecológico tem trabalhado em conjunto, reunindo-se semanalmente para realizar mutirões nas propriedades particulares de cada agricultor na zona rural de Manaus, no APA Água Branca. Juntos, esses dois grupos convidam a todos para a festa do milho agroflorestal, onde apresentarão as mais recentes novidades gastronômicas em meio a um ambiente florestal encantador.
A Festa da Colheita é um evento que celebra a prosperidade daquilo que foi semeado. Nesta edição de 2023, os agricultores serão responsáveis pela produção de todas as comidas e bebidas oferecidas. Serão servidos deliciosos fermentados de abacaxi, milho e fruta-pão, além de cozidos de batata ariá e outras Plantas Alimentícias Não Convencionais. “Na festa, oferecemos uma variedade de delícias para a população de Manaus conhecer melhor os produtos originários das terras amazônicas. Há uma grande diversidade de alimentos que são facilmente cultivados nessas terras, com um alto potencial nutricional”, explica Nora Hauswirth, uma das organizadoras do evento. Além das iguarias, artistas locais se apresentarão, trazendo suas vozes, corpos e instrumentos musicais para animar o evento. Os visitantes poderão desfrutar de músicas regionais, juninas, experimentais e dançantes, proporcionando momentos de diversão e interação durante toda a festa.

Para participar dessa celebração nos dias 17 e 18 de junho, é necessário efetuar uma contribuição no valor de R$70. Esse valor inclui o transporte a partir de um local central na cidade de Manaus, hospedagem, alimentação agroecológica com opções veganas, vegetarianas e pratos com galinha caipira, bebidas fermentadas, atrações musicais e muito mais. As inscrições para o evento podem ser feitas através do site https://linktr.ee/arteescolanafloresta.
Além disso, os agricultores certificados como orgânicos estarão oferecendo seus produtos vegetais em uma feira que acontece todas as quintas-feiras, das 14:00 às 18:00, no clube da ASSINPA, localizado na Rua da Lua, s/n, no bairro Aleixo. O Sítio Alvorada, que participa regularmente da feira, também oferece a opção de entrega dos produtos. Mais informações podem ser obtidas através do perfil do Sítio Alvorada no Instagram: https://www.instagram.com/sitioalvorada.p.o.
Arte & Escola na Floresta no CTA do MUSA

O coletivo Arte & Escola na Floresta, sediado no CTA do MUSA, tem se dedicado, desde 2020, a um trabalho transdisciplinar em colaboração com artistas, pesquisadores e agricultores locais. Essa iniciativa tem como objetivo democratizar a prática agroecológica, ensinando o manejo da terra com recursos locais, valorizando sementes, fermentados e as chamadas Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC). Além disso, busca compartilhar conhecimentos e práticas ancestrais relacionadas às plantas e alimentos regionais, que estão sendo perdidos com o passar do tempo. Através da arte, o projeto visa promover a sustentabilidade social, ambiental e econômica, valorizando o trabalho dos agricultores familiares locais e promovendo a soberania alimentar. As vivências oferecidas pelo coletivo estimulam os sentidos do corpo e a atenção às percepções e ao mundo, destacando a relação entre o corpo humano e a natureza.
Para saber mais sobre esse e outros eventos promovidos pelo coletivo Arte & Escola na Floresta, siga o perfil @arteescolanafloresta nas redes sociais.
Com informações da assessoria.